24 abril 2011

Motive-se

Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?

Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos.É por isso que sofremos. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos de seu trabalho.

O profissional do futuro será um indivdualista?

Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajudá-lo a levantar-se.

Que conselho o Sr dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho?

É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos, elogios vão,  são como gravetos atirados em uma fogueira. Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por tão poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.

O que é exatamente o sucesso?

É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.

Belas e sábias respostas, todas as respostas, embora extremamente atuais, foram retiradas do livro ECLESIASTES, do Velho Testamento ( Biblia Sagrada) escrita portanto, há 2.300 anos. é surpreendente o conhecimento que Deus nos dá para o nosso dia a dia não é mesmo?

Por: Max Gehringer

15 abril 2011

O tempo

  Vejo com grande pesar o tempo passar, mas não tem como ele parar; resta-nos simplesmente saber administrá-lo da melhor maneira possível.
  É o tempo no trabalho, que de tão escasso chega a nos estressar; firmam-se acordos, cobram resultados, metas a serem atingidas; nos pressionam.
  É o tempo na família;  nos cobram presença, participação, amor, atenção...
  É o tempo na escola , que nos passam um, dois, talvez até três capítulos," leiam para debatermos na próxima aula;" (Roberto Amaral) seminários, trabalhos, provas, exames...
  Qual é o tempo que  temos dedicado a "Deus"? Será que estamos dedicando a ele, ou simplesmente deixamos o que sobra? Será que tem sobrado este tempo?
  Como? O dia só tem 24hs; temos que priorizar, analisar e valorizar realmente o que é importante para nós, pois para o homem moderno tudo é muito rápido, dinâmico. Somos cotidianamente testados, temos que literalmente "matar um leão por dia"o que se fez ontem já não tem mais valor. Há o tempo! Quando vamos parar e simplesmente ver o tempo passar; quando vamos brincar com o filho, quando vamos amar a esposa sem a pressa, sem o desespero do dia-a-dia, do corre-corre?
Há o tempo!


Aquiles

10 abril 2011

O valor de uma vida

"Então Deus disse: façamos o homem à nossa imagem e semelhança" "Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou  o homem e a mulher"  Gn 1-26,27 
 
  Quando nascemos, somos na maioria das vezes muito bem educados pelos nossos pais e familiares, que através de valores morais, éticos e religiosos vão nos moldando e dando um ar de cidadão; um ser social. Ao longo do caminho vamos aprendendo, aglutinando, anexando ou seja vamos evoluindo em todos os sentidos, o que com certeza através de todas estas informações acabamos por formar a nossa personalidade. Com o passar do tempo acabamos sendo expostos a todo o tipo de informações, modelos, imagens contrarias. 
  Todos estes valores que com muito esforço nos foi passado por intermédio dos nossos pais, mesmo que  incoscientemente acabamos sendo transformados e paulatinamente vamos criando uma nova ideologia. Com discernimento e muita força de vontade conseguimos distinguir e mesmo opinar por qual caminho queremos seguir; o qual nós entendemos que é certo, porém, em alguns casos simplesmente nos deixamos envolver e somos aprisionados em nosso próprio mundo. 
  Achamos muitas vezes que somos superiores aos demais e decidimos entre quem deve viver e quem deve morrer; com qual direito temos nós simples mortais de decidir entre o viver e o morrer de nossos irmãos. Até que ponto toda a sociedade da qual  fazemos parte tem culpa ou não no caso do jovem que ao adentrar na escola atira a esmo e mata  tantas crianças? Que tipo de valores temos repassado aos nossos filhos; qual  exemplo estamos deixando para eles? Que sejamos sempre presentes na vida e na formação dos nossos filhos; que sejamos honestos com todos e talvez possamos contribuir e muito para a transformação do mundo. 

Aquiles    

09 abril 2011

Mito da Caverna


Mito da caverna - Conta conceitualmente o que os homens teriam dificuldades para entenderem


O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.

A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Essa, ilumina um palco onde estátuas dos seres como homem, planta, animais etc. são manipuladas, como que representando o cotidiano desses seres. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.

Imaginemos agora que um destes prisioneiros é forçado a sair das amarras e vasculhar o interior da caverna. Ele veria que o que permitia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Mas imaginemos ainda que esse mesmo prisioneiro fosse arrastado para fora da caverna. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras e as estátuas, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência (os ciclos de nascimento, do tempo, o calor que aquece etc.).
Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.

Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido. A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). Quando começamos a descobrir a verdade, temos dificuldade para entender e apanhar o real (ofuscamento da visão ao sair da caverna) e para isso, precisamos nos esforçar, estudar, aprender, querer saber. O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. O inteligível é o reino das matemáticas que são o modo como apreendemos o mundo e construímos o saber humano. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria. O Sol representa a Ideia suprema de Bem, ente supremo que governa o inteligível, permite ao homem conhecer e de onde deriva toda a realidade (o cristianismo o confundiu com Deus).
Portanto, a alegoria da caverna é um modo de contar imageticamente o que conceitualmente os homens teriam dificuldade para entenderem, já que, pela própria narrativa, o sábio nem sempre se faz ouvir pela maioria ignorante.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP